Reunião extraordinária foi realizada no Plenário da Câmara de Vereadores, porém o tema que poderia ter sido encaminhado à outras instituições do município, a exemplo da Secretaria de Educação ou até mesmo ao Conselho Municipal de Educação.
Na última sexta feira a Secretária de Educação esteve juntamente com os Vereadores e alguns representantes das Ilhas do Torto e Morro do Meio em reunião extraordinária com o objetivo de discutir denúncia formalizada por partes interessadas na exoneração da Gestora da Unidade Escolar daquela localidade.
Seria tudo normal não fossem as motivações políticas claramente evidenciadas no decorrer dos acontecimentos.
Em primeiro lugar, para justificar o pedido de uma audiência na Câmara a protagonista da denúncia usou como evidência das suas intenções um abaixo assinado que não continha o motivo do mesmo. Alguns moradores, ao serem procurados para que confirmassem a assinatura informaram que pensaram estar assinando um documento pedindo à Prefeita que agilizasse a construção da escola do Morro do Meio, ou seja, percebe-se nesta manobra uma intenção de dolo, de usar de modo ilegal pessoas de bem e com intenções legítimas e honestas.
Em segundo lugar, ao levar para a Câmara um tema que poderia ter sido encaminhado à outras instituições do município, a exemplo da Secretaria de Educação ou até mesmo ao Conselho Municipal de Educação, fica evidente a inclinação política da ação e o foco real da denúncia: expor publicamente pessoas de bem em detrimento da maldade presente naqueles que não aceitam a derrota.
Não deu certo a tentativa. Dotada do bom senso de sempre e com a iluminação daqueles que percebem de modo claro as verdadeiras intenções, a Secretária de Educação Jaqueline Pimentel já iniciou a sua fala após a escuta ativa das partes envolvidas, destacando que toda aquela movimentação poderia ter sido evitada se as reais preocupações fossem com a educação.
Outra demanda feita durante a audiência é que a denunciante que possui 33 anos alega que está sendo discriminada porque tem como certo o direito de estudar com menores de idade, o que tem sido permitido, mas com regras, como por exemplo, não poder chamar nomes feios na frente dos menores, o que já ocorreu e foi objeto de revolta por parte da mesma por ter sido chamada atenção pela Gestora da escola.
Alegou ainda a denunciante que o barco não atendeu a sua demanda no dia em que saiu mais cedo da sala de aula e solicitou ao responsável que a levasse para o Morro do Meio, algo que não poderia acontecer antes que os demais usuários da embarcação saíssem das suas salas de aula.
Um outro contrassenso absurdo foi o fato de que a Gestora estaria sendo radical por exigir que as regras da escola sejam seguidas, algo que segundo testemunho da Sra. Conceição, operacional da escola que é concursada somente está sendo ruim para aqueles que não querem fazer as suas atividades corretamente e querem fazer da escola um lugar sem regras e sem limites.
Em seguida, a Secretária destacou os principais pontos de todas as falas envolvidas e colocou luz sobre o que ainda estava na penumbra, trazendo fatos concretos para a análise dos presentes.
Após a oitiva de todos os que quiseram se manifestar e não havendo decisão tomada, a reunião foi encerrada pelo Presidente da Câmara para que a sessão plenária fosse então iniciada e as partes envolvidas, juntamente com a Secretária de Educação e o Vereador Wilson Miranda se reuniram à portas fechadas para que continuassem as discussões até que fosse formalizado um acordo de convivência pacífica entre as partes.
A decisão final foi pela permanência da gestora Maria de Jesus uma vez que não havia motivos concretos que ensejassem a solicitada exoneração.
A Secretária de Educação Jaqueline Pimentel (entre os vereadores Telson Bittencourt e Júlio César) fala após a escuta ativa das partes envolvidas, destacando que toda aquela movimentação poderia ter sido evitada se as reais preocupações fossem com a educação.
Acontecimentos como este servem de alerta para aqueles que entendem que podem continuar usando as instituições à seu favor bastando somente manipular informações. Araioses possui Conselhos formalmente instituídos a partir de eleições legítimas, a exemplo do Conselho Municipal de Educação e do Conselho da Alimentação Escolar, e hoje pode também se orgulhar de ter uma Secretária de Educação atuante e que não foge aos desafios do cargo.
A população que realmente preza pelo que é justo já entendeu isso. O problema continua sendo a parcela da população que trabalha nos bastidores sempre intencionando desestabilizar e transformar questões ou problemas cotidianos em temas políticos partidários.
Está na hora de acordar desse diletantismo e entender que para fazer mudança não precisa usar de artifícios sórdidos e para conseguir o que se quer a ética sempre é o melhor caminho.
Com informações da SEMEA