Do TOPc
São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, atingiram um percentual de 79,14% do total das ligações no Maranhão.
A violência contra as mulheres assume muitas formas – física, sexual, psicológica e econômica, assim como, não está confinada a uma cultura, uma região ou um país específico. Este é um problema, que uma entre cinco mulheres podem passar.
A forma mais comum de violência praticada contra as mulheres é agressão física e sexual. Geralmente praticados pelos parceiros íntimos.
As mulheres expostas ao abuso sexual, além dos traumas psicológicos, também estão propícias a contrair doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/AIDS.
A vergonha, a falta de conscientização e fatores familiares (Quando o agressor vive intimamente com a vítima e possuem filhos), são as principais causas do silêncio das vítimas.
No Maranhão, as ocorrências de violência contra a mulher é crescente. O que, de acordo com Delegada Uthania, da Delegacia Especial da Mulher (DEM) é um fator positivo no combate ao crime, pois acredita que as campanhas de conscientização desenvolvidas no Estado, têm mudado a concepção das vítimas. “O aumento das ocorrências, demonstra a evolução no nível de conscientização da mulher. O que antes era escondido, agora é revelado”, destacou a delegada.
No combate ao crime, a central do Disque-Denúncia tem sido uma ferramenta poderosa. As vítimas, muitas vezes tem vergonha de se expor, e preferem o anonimato. Ao ligar para central, os denunciantes não precisam se identificar, e a ocorrência é prontamente repassada para Polícia Militar.
Entre os anos de 2008 a 2013, 1582 denúncias de agressão a mulher foi registrada. São Luis, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, atingiram um percentual de 79,14% do total das ligações em todo Maranhão.
Mundo
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizado em 11 países constatou que a porcentagem de mulheres submetidas à violência sexual por um parceiro íntimo varia de 6% no Japão a 59% na Etiópia. Diversas pesquisas mundiais apontam também, que metade de todas as mulheres vítimas de homicídio é morta pelo marido ou parceiro, atual ou anterior.
Uma forma bem comum, e tratada como normalidade é a prática do matrimônio precoce – uma forma de violência sexual – é comum em todo o mundo, especialmente na África e no Sul da Ásia. As meninas são muitas vezes forçadas a se casar e a manter relações sexuais.
A violência contra as mulheres prejudica o ambiente familiar em geral e reforça outros tipos de violência predominantes na sociedade.
A vítima pode obter ajuda através da Delegacia Especial da Mulher ou mesmo pela Central do Disque-Denúncia (3223-5800). A denúncia também pode ser feita pelo 190. Parentes, amigos e vizinhos das vítimas também podem denunciar.
Por Amanda Aguiar