Por Fernando Brito, editor do TIJOLAÇO
Não é à toa que, entre as primeiras reações do bolsonarismo, estivesse a tentativa de criminalizar as pesquisas eleitorais por seus resultados.
As empresas de sondagem de opinião pública, com isso, passaram a trabalhar sob pressão, porque passaram a ter de explicar o que, muito provavelmente, não poderiam detectar: a migração dos votos declarados em Ciro Gomes (5% na última pesquisa para 3% nas urnas) de Simone Tebet e de outros candidatos para Jair Bolsonaro, visando evitar a vitória em primeiro turno.
O efeito público, porém, é o que que elas subestimaram a votação de Bolsonaro e este é o “fundamento” para que elas sejam levadas ao “paredão” pelas forças governistas.
É claro que não passarão iniciativas assim, ao menos de imediato, mas os institutos maiores operam hoje com medo de suas próprias previsões.
Ainda assim, é preciso registrar que elas trabalham com universos discutíveis, por conta deste medo.
Diriam os precavidos, como eu, que podem estar, com estes mecanismos, dando uma “margem de segurança” para não serem surpreendidas.